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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial

XXXVIII Congresso Anual da Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária (SPEMD) Lisboa, 12 e 13 de outubro de 2018 | 2018 | 59 (S1) | Page(s) 40


Casos Clínicos

#101 Estudo de caso-controlo dos impactos na auto-percepção da saúde oral em diabéticos tipo 2





Volume - 59
Supplement - S1
Casos Clínicos
Pages - 40
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Received on 30/11/2018
Accepted on 30/11/2018
Available Online on 30/11/2018


Objetivos: A saúde é um conceito multidimensional que na actualidade implica uma combinação entre a auto-percepção da saúde por parte dos indivíduos e a avaliação clínica realizada pelos profissionais de saúde. Esta combinação caracteriza-se por resultar da associação entre conceitos objectivos e subjectivos que exprimem-se de forma dinâmica ao longo do tempo de vida dos indivíduos e em função das condições de saúde vivenciadas no passado e no presente. Este estudo tem como objetivo verificar se há diferenças entre a auto-avaliação da saúde oral entre pacientes com diabetes mellitus tipo 2 (DM2) e sem diabetes (nDM2) e explorar as condições de saúde geral e oral, associadas à avaliação da auto-percepção de impactos na saúde oral. Materiais e métodos: Após aprovação da Comissão de Ética da ARS-N estabeleceu-se uma amostra aleatória simples, com base na população inscrita com DM2 na USF de Espinho para recolha de consentimento informado e participação voluntária de 343 adultos com DM2 e de 323 nDM2. Os dados de clínica geral e de saúde oral (índices: CPOd e o Periodontal Comunitário) foram coletados segundo critérios da DGS e da OMS e realizada pergunta para auto-avaliação de saúde oral numa escala de Likert (5 pontos). A análise inferencial utilizou testes não-paramétricos e regressão logística multivariada (RLM) (alfa=0,05). Resultados: A maioria dos participantes foi do género feminino (56,9%), a média de idade da amostra foi de 67.8±9.8 (DM2) e de 59.8±14.2 (nDM2) anos. Os pacientes DM2 autoavaliam significativamente pior a sua saúde oral do que os nDM2 (p<0,001), avaliando mais frequentemente e de forma significativa (p<0,001) as perceções de ´má´ ou ´muito má´. Nos nDM2, a RLM mostrou que a presença de >= 20 dentes é um factor de protecção para auto-percepção da saúde oral como ´mediana´, ´boa´ ou ´muito boa´; já a presença de cálculo (OR=3,55, p=0,049) ou bolsas periodontais (OR=4,32, p=0,025) são fatores de risco para uma perceção de pior saúde oral; entre os DM2 é a duração da diabetes, consumo de tabaco, ter pelo menos um dente perdido, pelo menos um dente obturado, CPOd > 0, uso de prótese removível ou não reabilitação são factores de risco para auto-avaliação como ´muito má´ ou ´má´ saúde oral e o número de dentes >= 20 como factor proctetor. Conclusões: Este estudo confirma a hipótese que existe diferenças na auto-percepção da sua saúde oral entre os DM2 e nDM2. Indivíduos com DM2 mostraram uma pior auto-percepção de saúde oral do que os nDM2, classificando-a mais frequentemente como ´má´ ou ´muito má´.


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