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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial

XXXVIII Congresso Anual da Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária (SPEMD) Lisboa, 12 e 13 de outubro de 2018 | 2018 | 59 (S1) | Page(s) 36


Casos Clínicos

#089 Actinomyces no Prognóstico da Osteonecrose dos Maxilares Relacionada com Medicamentos





Volume - 59
Supplement - S1
Casos Clínicos
Pages - 36
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Received on 30/11/0201
Accepted on 30/11/0201
Available Online on 30/11/0201


Objetivos: Descrever a prevalência de Actinomyces na amostra de doentes com Osteonecrose dos Maxilares Relacionada com Medicamentos; determinar se a presença de Actinomyces no osso necrótico é um factor relevante na fisiopatologia e prognóstico. Materiais e métodos: Estudo restrospectivo incluindo todos os doentes com diagnóstico de Osteonecrose dos Maxilares Relacionada com Medicamentos submetidos a sequestrectomia ou ressecção marginal, no Serviço de Estomatologia do Centro Hospitalar Lisboa Norte, até Março de 2018. Um acompanhamento inferior a 3 meses foi considerado critério de exclusão. Todas as amostras de osso foram avaliadas quanto à presença de Actinomyces, através de análise histopatológica. O resultado do tratamento foi definido como Cura/Melhoria vs. Estável/Agravamento. A análise estatística foi realizada com IBM® SPSS® versão 23 e a significância estatística definida para valores p<0.05. Resultados: Foram incluídos 70 doentes na amostra, 47 do sexo feminino e 23 do sexo masculino, com uma idade média de 67,77±11,27 anos. Identificou-se Actinomyces em 48 doentes (68,6%). O tempo médio decorrido entre o diagnóstico e a intervenção foi de 344,94±447,33 dias nos doentes com evidência de Actinomyces e 161,77±198,15 dias nos doentes sem evidência (p<0.02). Estes agentes foram identificados em 41,7% dos doentes submetidos a cirurgia no primeiro mês, 69,2% entre 1 e 12 meses e 84,2% após 12 meses. A Cura/Melhoria foi obtida em 67,9% dos pacientes positivos para Actinomyces e 70,6% dos pacientes negativos, sem significância estatística (p<0.83). A análise de regressão múltipla revelou que o tempo de cura está associado significativamente com o tempo de intervenção (p<0.01) mas não com a presença de Actinomyces (p<0.62). Conclusões: A prevalência de Actinomyces é elevada neste grupo de doentes, tal como descrito na literatura. Encontrou?se Actinomyces em menos de metade dos doentes intervencionados no primeiro mês após o diagnóstico, o que tende a aumentar naqueles que foram operados numa fase mais tardia. Deste modo, a colonização por estes agentes oportunistas não parece desempenhar um papel essencial na patogénese da Osteonecrose dos Maxilares Relacionada com Medicamentos. Pelo contrário, poderá revelar-se uma consequência da exposição óssea prolongada. Para mais, a presença de Actinomyces não demonstrou influenciar o resultado do tratamento e, como tal, não deverá ser considerado factor de prognóstico.


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