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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial

XXXVIII Congresso Anual da Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária (SPEMD) Lisboa, 12 e 13 de outubro de 2018 | 2018 | 59 (S1) | Page(s) 27


Casos Clínicos

#067 Reconstrução do plano oclusal no tratamento das mordidas abertas





Volume - 59
Supplement - S1
Casos Clínicos
Pages - 27
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Received on 30/11/2018
Accepted on 30/11/2018
Available Online on 30/11/2018


Introdução: O tratamento da mordida aberta anterior é um desafio para o ortodontista devido à sua complexidade e etiologia multifactorial (hábitos de sucção, obstrução das vias aéreas, respiração oral, onicofagia). Existem diversas formas de efetuar a sua abordagem terapêutica, nomeadamente a técnica Multiloop Edgewise Arch Wire (MEAW). Esta técnica foi introduzida por Kim em 1987, de forma a corrigir as más oclusões classe I, II, III e sobremordida profunda. Contudo, tem sido aplicada com elevada eficácia nos casos de mordida aberta anterior. O presente trabalho tem como objetivo a apresentação de um caso clínico de correção da mordida aberta anterior, recorrendo à técnica Multiloop Edgewise Arch Wire. Descrição do caso clínico: Doente de género feminino, 20 anos de idade, compareceu na consulta Assistencial de Ortodontia da Clínica Universitária Egas Moniz, com a principal queixa: ´Tenho o palato pouco desenvolvido e os dentes da frente não tocam´ SIC. Após a obtenção do consentimento informado devidamente assinado, na análise clínica observou-se: classe I molar e canina, constrição maxilar, apinhamento no 2.º e 5.º sextantes e perfil facial recto. Na análise radiográfica e cefalométrica: dentição definitiva, classe I esquelética e perfil mesofacial. O tratamento consistiu numa expansão maxilar com recurso a arcos australianos auxiliados por Mulligan, aparatologia fixa bimaxilar (Multiloop Edgewise Arch Wire) e aparelho de contenção superior e inferior. Discussão e conclusões: A técnica Multiloop Edgewise Arch Wire, aplicada à mordida aberta anterior permite não só a eliminação da discrepância posterior, como também a reestruturação do plano oclusal e o reposicionamento mandibular, sem provocar alterações major no perfil facial do doente. O caso clínico apresentado demonstrou que é possível corrigir a mordida aberta anterior com recurso à técnica Multiloop Edgewise Arch Wire, obtendo-se uma oclusão estável e resultados estéticos e funcionais bastante satisfatórios. Deste modo, é possível concluir que a aplicação desta técnica é uma excelente abordagem terapêutica e uma excelente alternativa à intervenção cirúrgica. Durante os 8 meses de follow-up, foi mantida a estabilidade no tratamento de mordida aberta.


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