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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial

XXXVIII Congresso Anual da Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária (SPEMD) Lisboa, 12 e 13 de outubro de 2018 | 2018 | 59 (S1) | Page(s) 17


Casos Clínicos

#043 Implantoplastia como opção de tratamento da peri-implantite: série de casos clínicos





Volume - 59
Supplement - S1
Casos Clínicos
Pages - 17
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Received on 30/11/2018
Accepted on 30/11/2018
Available Online on 30/11/2018


Introdução: O tratamento da peri-implantite não é previsível nem consensual. Os resultados a longo termo da abordagem regenerativa têm uma evidência limitada e são mais onerosos que a ressetiva. A implantoplastia consiste na remoção da camada mais externa do implante contaminado e subsequente polimento. Descrição do caso clínico: Nesta análise retrospetiva de uma série de casos foram incluídos 8 pacientes diagnosticados com peri-implantite (17 implantes) e tratados através de implantoplastia. Peri-implantite foi definida como profundidade de sondagem ≥5mm, perda óssea marginal ≥2mm, hemorragia à sondagem e/ou supuração. Critérios de inclusão: a) implante imóvel; b) sem sobrecarga oclusal; c) índice de placa bacteriana <1; d)não fumador ou ≤10 cigarros/dia; e) sem patologia sistémica que influencie resultado da terapia. Para cada variável analisada foi determinada a média e desvio padrão na baseline e 12 meses. Através do teste de Wilcoxon avaliaram-se diferenças entre 0 e 12 meses (IBM® SPSS® v24, nível de significância de 0.05). Na baseline as variáveis analisadas foram: profundidade de sondagem=5.15±0.48mm; hemorragia à sondagem= 0.89±0.15; supuração=0.05±0.07; recessão gengival= 0.47±0.6mm; nível clínico de inserção=5.61±0.46mm. Cirurgicamente realizou-se um retalho de espessura total, removeu-se o tecido de granulação com curetas e procedeu-se à implantoplastia com brocas diamantadas esféricas (turbina) e broca de Arkansas (contra-ângulo). O retalho foi reposicionado apicalmente e suturado. Aos 15 dias removeu-se a sutura. Pacientes controlados nos meses 1, 3, 6, 9 e 12. Aos 12 meses verificou-se uma redução estatisticamente significativa da profundidade de sondagem (2.80±0.36mm)(p=0.012); hemorragia à sondagem (0.08±0.1)(p=0.011); recessão gengival (1.45±0.89mm)(p=0.012) e nível clínico de inserção (4.25±0.85mm)(p=0.011). Discussão e conclusões: Nesta série de casos obteve-se a resolução da patologia, com uma taxa de sobrevivência de 100%, aos 12 meses. A melhoria dos parâmeros clínicos e a taxa de sobrevivência estão de acordo com os resultados de Romeo et al em 2005. Outros estudos apontam para taxas de sobrevivência de 87.2%, aos 108 meses. O aumento da recessão gengival tem como consequência a exposição da superfície do implante, o que pode ser problemático em áreas estéticas. Dentro das limitações desta análise retrospetiva concluiu-se que a implantoplastia permitiu a resolução da patologia.


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