Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial
XXXVIII Congresso Anual da Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária (SPEMD) Lisboa, 12 e 13 de outubro de 2018 | 2018 | 59 (S1) | Page(s) 14
Casos Clínicos
#035 Tratamento de opacidades brancas do esmalte: série de casos
Article Info
Rev Port Estomatol Med Dent Cir Maxilofac
Volume - 59
Supplement - S1
Casos Clínicos
Pages - 14
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Article History
Received on 30/11/2018
Accepted on 30/11/2018
Available Online on 30/11/2018
Keywords
Resumo
Introdução: As opacidades do esmalte são defeitos qualitativos do esmalte envolvendo uma mudança na sua translucidez. A opacidade pode combinar manchas brancas, amarelas ou castanhas, com bordos difusos ou demarcados. O tratamento pode incluir técnicas de branqueamento, microabrasão do esmalte, restaurações em resina composta ou facetas cerâmicas. Mais recentemente um novo conceito minimamente invasivo foi introduzido usando uma técnica de infiltração de resina de baixa viscosidade. O objetivo deste trabalho é apresentar uma série de casos incidindo no tratamento conservador de opacidades brancas do esmalte. Descrição dos casos clínicos: Foram considerados 4 casos clínicos nos quais os pacientes apresentavam queixas estéticas relacionadas com a cor global dos dentes e/ou com as manchas brancas e/ou amareladas do esmalte em dentes da arcada superior. Foi indicada uma primeira fase de branqueamento dentário externo com recurso a peróxido de carbamida a 10% durante três horas por dia ao longo de 20 dias. Subsequentemente, em dois dos casos a resolução das opacidades envolveu a execução de restaurações adesivas conservadoras com resina composta um tempo de acompanhamento pós-operatório, de três e seis anos. Para os outros dois casos foi efectuado um procedimento minimamente invasivo com recurso a uma técnica infiltrativa de resina de baixa viscosidade com o sistema Icon® (DMG, Hamburg, Alemanha). Após o isolamento absoluto, aplicou-se sequencialmente um gel de ácido hidroclorídrico a 15% (Icon®-etch); uma solução de etanol a 99% (Icon®-dry) e, por último, a resina infiltrativa à base de trietilenoglicol dimetacrilato (Icon®-infiltrant). Um dos casos é apresentado com três anos de follow-up e outro com um ano. Discussão e conclusões: Independentemente da técnica utilizada, os casos apresentados revelam melhorias muito significativas com estabilidade ao longo do tempo. No entanto, o princípio mais conservador pelo qual se rege a técnica infiltrativa, torna-a de primeira linha na resolução deste tipo de problemas. Todavia, nos casos em que esta não proporciona resultados satisfatórios o complemento com restaurações adesivas diretas conservadoras em resina composta deve constituir a opção subsequente. Para além da melhoria estética e estrutural proporcionada por ambas as técnicas o tratamento das opacidades do esmalte pode ter impacto psicossocial muito positivo para os pacientes.