Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial
SPEMD - Rev Port Estomatol Med Dent Cir Maxilofac | 2018 | 59 (2) | Page(s) 94-99
Investigação Original
Análise de fraturas de côndilo mandibular – um estudo retrospectivo
Analysis of condyle mandibular fracture – a retrospective study
a Serviço de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial do Hospital Universitário do Oeste do Paraná, Cascavel, Paraná, Brasil
b Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Cascavel, Paraná, Brasil
Maicon Douglas Pavelski - maiconpavelski@hotmail.com
Article Info
Rev Port Estomatol Med Dent Cir Maxilofac
Volume - 59
Issue - 2
Investigação Original
Pages - 94-99
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Article History
Received on 06/04/2018
Accepted on 21/09/2018
Available Online on 27/09/2018
Keywords
Resumo
Objetivo: Analisar todas as fraturas tratadas no Serviço de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial do Hospital Universitário do Oeste do Paraná, bem como observar os índices de complicações relacionados ao tratamento cirúrgico e não-cirúrgico de tais fraturas, contribuindo assim, para o esclarecimento da melhor forma de tratamento destas lesões. Métodos: 75 pacientes com fratura de côndilo mandibular foram analisados quanto a etiologia, idade prevalente, utilização de dispositivos de segurança, formas de tratamento e complicações relacionadas ao tratamento empregado. Resultados: 53 casos foram tratados de maneira não-cirúrgica e 22 pacientes tratados com cirurgia, onde o índice de complicações foi de 15,1% para tratamentos não-cirúrgicos e de 54,5% para tratamentos cirúrgicos. A complicação mais comum foi a paresia do nervo Facial sendo responsável por 45% das complicações. Outras complicações foram: desvio durante abertura bucal (40% das complicações); má-oclusão (20%); reabsorção condilar (5,7%) e fístula salivar (2,8%). Conclusões: É possível dizer que pacientes tratados de maneira não-cirúrgica apresentam uma recuperação pós-traumática em longo prazo tão boa quanto os pacientes tratados cirurgicamente, visto que inicialmente eles têm um atraso no retorno às funções, porém, estão livres de riscos inerentes a cirurgia. O tratamento cirúrgico deve ser considerado e a escolha deve ser individualizada a cada caso.
Abstract
Objectives: Analyze all fractures treated in Traumatology and Maxillofacial Surgery Department of the West Paraná University Hospital, as well as observe the rates of complications related to surgical and non-surgical treatment, thus contributing to clarify the best treatment of these injuries. Methods: 75 patients with condylar fracture were analyzed concerning etiology, age, use of safety devices, forms of treatment and complications related to the selected treatment. Results: 53 cases received a non-surgical treatment and 22 patients were handling with surgery with the complication rate about 15.1% for non-surgical treatments and 54.5% for surgical treatments. The most common complication was facial nerve paresis, responsible for 45% of the complications. Other complications: mouth opening deviation (40% of complications); malocclusion (20%); condylar resorption (5.7%) and salivary fistula (2.8%). Conclusions: It is possible to say that patients treated with non-surgical method have a long term post-traumatic recovery as good as patients treated surgically once initially they have a delayed return to the functions, however, they are free from risks inherent to surgery. Surgical treatment should be considered and the choice should be individualized to each case.