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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial

SPEMD - Rev Port Estomatol Med Dent Cir Maxilofac | 2018 | 59 (1) | Page(s) 10-17


Original research

Characterization of recurrent aphthous stomatitis in a young population

Caracterização da estomatite aftosa recorrente numa população infantojuvenil


a Faculty of Dental Medicine, University of Porto, Porto, Portugal
Otília Pereira-Lopes - tilialopes@gmail.com

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Volume - 59
Issue - 1
Original research
Pages - 10-17
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Received on 17/08/2017
Accepted on 14/06/2018
Available Online on 28/06/2018


Aim: To characterize recurrent aphthous stomatitis in a young population and investigate the association between these lesions and predisposing factors, as well as potential modifications in children’s daily routines. Methods: The data was collected by delivering a questionnaire to students attending S. Miguel Primary School, in Vizela, as well as to their parents/guardians. A literature review was conducted, using scientific databases such as PubMed, Cochrane and the Virtual Library of the University of Porto. Results: A common prevalence of aphthous ulcers was found in 53.0% of the sample. Most participants reported a number of lesions between 1 and 5, located in the jugal/labial mucosa, healing within 4 to 7 days. About 46.4% of the participants had a family history of this disease, mainly on the mother’s side. About 29.6% of the students associated aphthae with traumatic events in the oral mucosa, while 9.8% associated them with stress. A significant association was found only between the frequency of aphthae and gastrointestinal disorders, and not with other factors. A significant use of topical medications was detected, and the pharmacist was the most consulted healthcare professional. Conclusion: This study’s findings were in line with previous data on the clinical characteristics of aphthae and confirm the negative impacts of this disease on children’s quality of life, reporting its association with gastrointestinal disorders.


Objetivo: Caracterizar a estomatite aftosa recorrente numa população infantojuvenil, averiguando a sua relação com fatores predisponentes e possíveis modificações nas rotinas diárias das crianças. Métodos: Os alunos da Escola Básica de S. Miguel, Vizela, e respetivos encarregados de educação foram submetidos a um questionário. Foi também realizada uma revisão da literatura nas bases de dados PubMed, Cochrane e Biblioteca Virtual da Universidade do Porto. Resultados: Foi determinada uma prevalência de aftas em 53,0% dos participantes, sendo que a maioria referiu um número de lesões entre 1 e 5, com localização na mucosa jugal/ labial e com período de cicatrização de 4 a 7 dias. Cerca de 46,4% da amostra apresentou história familiar, tendo sido a mãe o progenitor mais indicado. Cerca de 29,6% dos inquiridos associaram a presença de aftas com eventos traumáticos na mucosa oral, enquanto 9,8% associaram com o stress. Foi apenas encontrada uma associação significativa entre a frequência de aftas e alterações gastrointestinais, não se verificando o mesmo com outros fatores. Verificou-se ainda uma utilização acentuada de medicamentos tópicos, sendo o farmacêutico o profissional de saúde mais consultado. Conclusões: Os resultados deste estudo estão de acordo com a literatura quanto às características clínicas das aftas e quanto ao impacto negativo desta doença na qualidade de vida das crianças, verificando-se a relação com alterações gastrointestinais.


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