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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial

XXXVII Congresso Anual da Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária (SPEMD) Coimbra, 13 e 14 de outubro de 2017 | 2017 | 58 (S1) | Page(s) 56


Investigação

#145 Biópsias incisionais em lesões orais potencialmente malignas: Serão fiáveis?





Volume - 58
Supplement - S1
Investigação
Pages - 56
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Received on 30/12/2017
Accepted on 30/12/2017
Available Online on 19/01/2018


Objetivos: Determinar se as biópsias incisionais de Lesões Orais Potencialmente Malignas são representativas das alterações histológicas de toda a lesão; Comparar a fiabilidade de biópsias incisionais realizadas em apenas uma localização da lesão e múltiplas localizações; Identificar factores que poderão afectar a fiabilidade da biópsia incisional. Materiais e métodos: Estudo restrospectivo incluindo os doentes com diagnóstico clínico de leucoplasia, eritroplasia e eritroleucoplasia, submetidos a biópsia incisional e posterior excisão da lesão entre Junho de 2012 e Junho de 2017, no Serviço de Estomatologia do Centro Hospitalar Lisboa Norte. Todas as análises histopatológicas foram realizadas no mesmo Centro Hospitalar. As alterações histopatológicas e diagnósticos baseados na análise da biópsia incisional foram comparados com os resultados da excisão completa. Doentes com acompanhamento inferior a 6 meses foram excluídos. A análise estatística foi realizada com IBM® SPSS® versão 23. Resultados: Foram incluídos 40 doentes na amostra, 21 do sexo masculino e 19 do sexo feminino, com uma idade média de 64,63±13,01 anos. Um total de 26 lesões tiveram um diagnóstico clínico de leucoplasia, das quais 9 homogéneas e 17 não homogéneas, 10 eritroleucoplasias e 4 eritroplasias. As dimensões das lesões estavam compreendidas entre os 2,1?4cm de maior eixo em 50% (n=20) dos doentes, entre os 1?2cm em 37,5% (n=15) e inferiores a 1cm em 12,5% (n=5). As lesões foram excisadas num tempo mediano de 80±134,68 dias após a biópsia incisional. A concordância entre os resultados da análise histopatológica da biópsia incisional e excisão foi de 67,5% no total dos doentes e 81,8% naqueles que realizaram biópsias incisionais em múltiplas localizações da mesma lesão. Em 20% (n=8) das lesões as alterações histopatológicas na peça de excisão foram mais graves que as da biópsia incisional sendo que 5% (n=2) corresponderam a Carcinoma Pavimento Celular e 2,5% (n=1) a Carcinoma Verrucoso. Não foi encontrada associação com significância estatística entre a fiabilidade da biópsia incisional e tamanho da lesão, características macroscópicas, utilização de bisturi circular e tempo de excisão após biópsia. Conclusões: As biópsias incisionais têm limitações na avaliação de Lesões Orais Potencialmente Malignas, uma vez que podem não ser representativas de toda a lesão. O acompanhamento do doente e vigilância clínica da lesão são essenciais para um diagnóstico precoce do Cancro Oral.


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