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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial

XXXIV Reunião Científica Anual da Sociedade Portuguesa de Ortopedia Dento-Facial Lisboa, 5 e 6 de maio de 2023 | 2023 | 64 (S1) | Page(s) 56


#SPODF2023-4 O papel das metaloproteínases da matriz no movimento dentário ortodôntico – revisão narrativa





Volume - 64
Supplement - S1

Pages - 56
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Received on 13/10/2023
Accepted on 13/10/2023
Available Online on 13/10/2023


Introdução: O movimento dentário ortodôntico surge como reflexo da remodelação do periodonto. Contudo, o processo molecular inerente ao mesmo ainda não é totalmente conhecido, uma vez que as teorias que explicam a conversão da aplicação de uma força ortodôntica em atividade biológica se baseiam na remodelação do tecido ósseo, menosprezando a do ligamento periodontal. As metaloproteínases da matriz têm vindo a ser apontadas como novos mediadores envolvidos neste processo. Neste sentido, o objetivo desta revisão é aprofundar o conhecimento sobre o papel das metaloproteínases na remodelação da matriz extracelular do ligamento periodontal, esclarecendo qual o envolvimento dos osteoblastos e fibroblastos nesse mecanismo. Métodos: A pesquisa foi realizada nas bases de dados PubMed e Google Scholar, utilizando como termos de pesquisa: matrix metalloproteinases, orthodontic forces, periodontal ligament cells, fibroblasts, osteoblasts. Não foi imposto qualquer limite temporal. Resultados: Quando o dente é sujeito a uma força ortodôntica, no ligamento periodontal são ativados os fibroblastos e os osteoblastos. Não é claro que mecanismo molecular exato é responsável por esta ativação celular, mas sabe-se que os fibroblastos libertam mediadores como metaloproteínases da matriz, citoquinas e interleucinas enquanto os osteoblastos produzem moléculas como metaloproteínases da matriz, óxido nítrico e prostaglandinas. Depois da simultaneidade de ações reguladas por estes componentes de sinalização, desencadeiam-se os processos de remodelação. No lado de reabsorção, os tecidos do ligamento periodontal são corrompidos, criando-se espaço para o dente se movimentar, e no lado de aposição forma-se novo ligamento periodontal para dar inserção ao dente. Conclusões: A relação existente entre a resposta dos osteoblastos e fibroblastos presentes no ligamento periodontal ao stress mecânico e a expressão de metaloproteínases da matriz ainda é incerta. Porém, sabe-se que as metaloproteínases da matriz produzidas aquando deformação celular estão implicadas na remodelação da matriz extracelular do ligamento periodontal. Por este motivo, têm sido indicadas como biomarcadores do movimento dentário ortodôntico. Implicações clínicas: O esclarecimento dos eventos moleculares desencadeados por forças ortodônticas a nível do ligamento periodontal traduz-se em maiores taxas de sucesso e de prevenção de recidiva, na melhoria do tempo de utilização do aparelho ortodôntico e no desenvolvimento de novas abordagens terapêuticas.


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