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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial

XXXIV Reunião Científica Anual da Sociedade Portuguesa de Ortopedia Dento-Facial Lisboa, 5 e 6 de maio de 2023 | 2023 | 64 (S1) | Page(s) 56


#SPODF2023-2 Reabsorções radiculares apicais externas no tratamento ortodôntico convencional vs alinhadores





Volume - 64
Supplement - S1

Pages - 56
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Received on 13/10/2023
Accepted on 13/10/2023
Available Online on 13/10/2023


Introdução: A reabsorção radicular apical externa (RRAE), é a perda permanente de tecido duro no ápice radicular de um dente. A sua etiologia é multifatorial e é um dos efeitos colaterais mais indesejáveis do tratamento ortodôntico, ocorre na forma suave-moderada em 40%-60% dos pacientes ortodônticos e na forma mais severa(> de 5mm) apenas em 1%-5%. Os alinhadores tornaram-se cada vez mais populares em comparação com os aparelhos fixos. Contudo, a RRAE durante o tratamento com alinhadores ainda é um tema pouco divulgado. Verificou-se que os exames radiográficos 2D podem sobrestimar a RRAE em comparação com a tomografia computadorizada de feixe cónico (CBCT), pois esta é uma alteração topográfica tridimensional. Deste modo, o nosso objetivo foi rever a literatura sobre prevalência e gravidade da RRAE em pacientes tratados com alinhadores e aparelhos fixos utilizando o CBCT como método radiográfico para avaliar as reabsorções. Materias e métodos: Realizou-se uma pesquisa bibliográfica na Pubmed com as palavras chave: “root resorption,aligners, fixed appliance, cone-beam” entre 2017-2023. Foram excluídos os “case report”. Resultados: Estudos sugerem que os incisivos são mais vulneráveis à RRAE durante o tratamento ortodôntico. Por isto, a maior parte das investigações realizadas incluíram apenas estes dentes. A maioria dos estudos revelam que a RRAE em tratamento sem extrações dentárias foi menor em pacientes que utilizaram alinhadores do quando foi utilizada ortodontia fixa. Relativamente a estudos que incluíram a medição da distância de deslocamento apical, verificaram que a RRAE era semelhante em ambas as técnicas. Em relação ao método radiográfico utilizado, foi demonstrado que a CBCT apresenta alta sensibilidade e especificidade, sendo por isso o método mais indicado para as medições radiculares. Conclusões: O tratamento com alinhadores não previne o risco de RRAE, mas pode diminuir a sua incidência quando comparada com aparatologia fixa. Força, duração do tratamento e o tipo movimento parecem contribuir mais para a RRAE do que propriamente a técnica. São necessárias mais pesquisas para estabelecer uma total associação entre a ortodontia com alinhadores e o risco de ocorrência de RRAE, uma vez que o estudo desta técnica e a sua influência nas reabsorções radiculares é ainda bastante limitado. Implicações clínicas: É importante reter que, apesar do tratamento com alinhadores diminuir o risco de RRAE, fatores como duração do tratamento, força e tipo de movimento podem ser mais determinantes do que a técnica.


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