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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial

XLIII Congresso Anual da Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária (SPEMD) Oeiras, 13 a 14 de outubro de 2023 | 2023 | 64 (S1) | Page(s) 11


#024 Sialolitectomia sem marsupialização: apresentação de caso clínico





Volume - 64
Supplement - S1

Pages - 11
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Received on 13/10/2023
Accepted on 13/10/2023
Available Online on 13/10/2023


Introdução: A sialolitíase é uma patologia comum das glândulas salivares, sendo mais prevalente nas glândulas submandibulares (85% dos casos), dada a presença de uma porção ascendente no canal de Wharton e a composição mais mucosa da saliva secretada por estas, quando comparada com a saliva secretada pelas restantes glândulas. A sialolitíase submandibular pode condicionar ectasia dos canais de Wharton e favorecer o desenvolvimento de sialoadenites. O tratamento pode envolver técnicas minimamente invasivas como a sialolitectomia por abordagem aberta ou por sialoendoscopia, ou abordagem convencional, mediante sialoadenectomia. A sialolitectomia, envolve frequentemente a marsupialização do canal de Wharton, o que altera a anatomia do pavimento da boca e expõe o epitélio dos canais de Wharton ao meio externo. Apresentamos um caso de sialolitectomia, por abordagem intraoral, em que se procedeu a exérese do cálculo, seguida de plastia do canal de Wharton, sem marsupialização. Descrição do caso clínico: Doente do sexo masculino, 36 anos, sem antecedentes de relevo, que recorreu à consulta de Estomatologia em outubro de 2022, referenciado do médico de família por sialoadenite da glândula submandibular esquerda, com identificação de um cálculo, com cerca de 5 mm, no terço médio do canal de Wharton esquerdo em ecografia, aproximadamente um ano antes da consulta. Em tomografia computorizada, evidenciaram-se sialólitos no trajeto da metade distal do canal de Wharton esquerdo, sem dilatação ductal extra- ou intra-glandular associada. Em abril de 2023, procedeu-se a sialolitectomia, e, após verificação da patência do canal de Wharton, procedeu-se a plastia do mesmo, sem marsupialização. Após consulta de reavaliação, a um mês de pós-operatório, o doente apresentou-se assintomático, negando intercorrências, com cicatrização completa da área intervencionada e com drenagem de saliva límpida através da carúncula do canal de Wharton esquerdo. Discussão e conclusões: A discussão do presente caso clínico pretende demonstrar a viabilidade da sialolitectomia por via intraoral sem marsupialização, em casos de sialolitíase sem dilatação marcada dos canais de Wharton, permitindo a preservação da anatomia normal do doente.


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