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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial

XLIII Congresso Anual da Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária (SPEMD) Oeiras, 13 a 14 de outubro de 2023 | 2023 | 64 (S1) | Page(s) 4


#009 Sialoadenite submandibular secundária a sialólito gigante - Caso Clínico





Volume - 64
Supplement - S1

Pages - 4
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Received on 13/10/2023
Accepted on 13/10/2023
Available Online on 13/10/2023


Introdução: As sialoadenites bacterianas surgem, na maioria das vezes, secundariamente à obstrução ductal por cálculos. A glândula afetada apresenta-se aumentada e dolorosa, e a pele sobrejacente pode apresentar sinais inflamatórios. Pode haver também trismo e drenagem purulenta a partir do orifício do ducto da glândula. A maioria dos casos de sialolitíase ocorre nas glândulas submandibulares e os cálculos obstruem o ducto de Wharton. Os sialólitos geralmente têm dimensão menor que 1 cm; quando são maiores que 1,5 cm, denominam- -se sialólitos gigantes. Descrição do caso clínico: Homem, 28 anos, saudável, recorreu ao Serviço de Urgência por febre e trismo. Apresentava dor e tumefação da região submandibular esquerda e drenagem purulenta à expressão da glândula submandibular esquerda. Na TC maxilo-facial identificou-se sialólito com 2 cm de diâmetro próximo ao orifício do ducto de Wharton esquerdo, com dilatação do ducto distalmente, e aumento do volume da glândula submandibular ipsilateral. Realizou-se sialolitotomia e sialoductoplastia sob anestesia local, e o doente recebeu alta medicado com paracetamol, ibuprofeno e amoxicilina - ácido clavulânico 875/125 mg 12/12 h por 7 dias. Na reavaliação uma semana após o procedimento, o doente apresentava-se assintomático, sem dor à palpação da glândula submandibular esquerda, com saída de saliva límpida pelo canal de Wharton esquerdo, e boa evolução cicatricial. Discussão e conclusões: O tratamento da sialoadenite aguda inclui antibioterapia apropriada, e a drenagem cirúrgica pode ser necessária se houver formação de abcesso. O tratamento da sialolitíase vai depender do tamanho e localização dos cálculos: pequenos sialólitos podem ser tratados de forma conservadora. Cálculos de até 5 mm podem ser removidos por via endoscópica, quando este método está disponível. Os grandes sialólitos geralmente necessitam de remoção cirúrgica, com a abordagem a depender da localização anatómica do cálculo. Os cálculos localizados distalmente no ducto podem ser removidos por via transoral, enquanto aqueles na hilo da glândula muitas vezes obrigam frequentemente a excisão completa da glândula salivar. A sialolitotomia submandibular demonstrou ser um procedimento adequado para a resolução desta situação clínica, apesar do tamanho incomum do sialólito. Este procedimento pode ser realizado em contexto de serviço de urgência, sob anestesia local, em doentes colaborantes e sem comorbilidades relevantes.


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