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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial

XLIII Congresso Anual da Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária (SPEMD) Oeiras, 13 a 14 de outubro de 2023 | 2023 | 64 (S1) | Page(s) 1


#001 Deslocamento de agulha de sutura para o espaço parafaríngeo. Relato de caso clínico.





Volume - 64
Supplement - S1

Pages - 1
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Received on 13/10/2023
Accepted on 13/10/2023
Available Online on 13/10/2023


Introdução: A remoção de corpo estranho é um procedi- mento habitual na Otorrinolaringologia, mas na Odontologia, os relatos não são frequentes, especialmente corpos estra- nhos em tecidos moles da região do pescoço ou faringe. Os locais mais comuns para a presença de corpo estranho são tonsilas palatinas, valécula e seios piriformes; no entanto, eles podem, ainda que raramente, migrar para espaços cervicais profundos, como o espaço parafaríngeo. Descrição do caso clínico: Paciente sexo feminino, 48 anos, submetida à extração do 18 em consultório odontológico e conforme relatado, hou- ve separação do fio de sutura da agulha, não sendo localizada naquele momento. A paciente não recebeu informação sobre o deslocamento da agulha. Quatro meses depois, a paciente manifestou dores e desconfortos na garganta e procurou outro profissional. Foi realizada punção para drenagem na região posterior da amigdala direita, com drenagem purulenta. Uma segunda drenagem cirúrgica foi feita em ambiente hospitalar diante da não regressão do caso. Após submeter-se à tomo- grafia computadorizada, a agulha foi localizada em local di- ferente daquele que é normalmente usada para a sutura na região do 18. Devido à proximidade com estruturas vasculares importantes e localização próxima do leito tonsilar palatino, decidiu-se por uma abordagem transoral para extrair a agu- lha. O procedimento foi realizado sob anestesia geral. Uma incisão na mucosa atrás do istmo das fauces permitiu acessar a área e com pinça hemostática, guiada pelo arco cirúrgico que permitiu visualização em tempo real, a agulha foi remo- vida. A paciente evoluiu sem complicações. Discussão e con- clusões: A migração de corpos estranhos pode ser desenca- deada pela contração dos músculos do pescoço e nem sempre segue planos anatómicos. Os corpos estranhos nos espaços do pescoço, por vezes, podem causar abscesso retrofaríngeo ou da tireoide. Complicações mais catastróficas incluem la- cerações da artéria carótida e da veia jugular. A Tomografia computadorizada é comumente necessária para mostrar a sua relação com as estruturas anatómicas importantes e para esclarecer a localização exata do corpo estranho. A reconstru- ção 3D de tomografia é muito útil para o planejamento pré-operatório. Conclui-se que diante de deslocamentos de agu- lhas ou corpos estranhos, complicações secundárias, como infecção ou movimento dos fragmentos para regiões mais profundas do tecido, podem ser evitadas realizando o pronto atendimento especializado.


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