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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial

XLI Congresso Anual da Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária (SPEMD) 7, 8 e 9 de outubro de 2021 | 2021 | 62 (S1) | Page(s) 17


Casos Clínicos

#039 Osteosclerose idiopática num paciente jovem – A propósito de um caso clínico


a Faculdade de Medicina Universidade do Porto, CINTESIS

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Volume - 62
Supplement - S1
Casos Clínicos
Pages - 17
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Received on 07/10/2021
Accepted on 07/10/2021
Available Online on 07/01/2022


Introdução: A osteosclerose idiopática é uma lesão radiopaca localizada, assintomática, não expansível, de etiologia desconhecida. Está frequentemente associada à mandíbula, na região periapical do primeiro molar inferior, seguida do primeiro e segundo pré? molares inferiores. Geralmente surge no final da primeira ou início da segunda década de vida. Radiograficamente caracteriza- se por uma lesão óssea hiperdensa bem definida, manifestando- se como uma massa redonda, elíptica ou irregular. Descrição do caso clínico: Paciente sexo feminino, caucasiana, de 10 anos de idade, compareceu para uma consulta de Medicina Dentária de rotina. A história médica não revelou qualquer patologia sistémica associada. No exame físico intra? oral não foram observadas alterações relevantes. No exame radiográfico foi registada uma lesão radiopaca localizada na região periapical do dente 46, com um ligeiro aumento do espaço correspondente ao ligamento periodontal das raízes mesiais, apicalmente, e integridade da lâmina dura. A resposta aos testes térmicos foi positiva, percussão negativa e profundidade de sondagem normal. Após exame clínico e radiográfico detalhado foi diagnosticada osteosclerose idiopática no dente 46. Após follow? up de 3 anos, a paciente mantém? se estável com ausência de sinais/sintomas, sem alteração radiográfica relevante. Discussão e conclusões: Casos clínicos com presença de alterações radiográficas perirradiculares, sem aparente etiologia endodôntica devem ser alvo de um exame clínico e radiográfico particularmente detalhado. Apesar de a sua prevalência estar geralmente associada a uma determinada faixa etária, raça ou outras especificidades, a sua possibilidade não deve ser descartada num diagnóstico diferencial adequado. No presente caso, apresentaram? se como possíveis patologias a diferenciar: osteíte condensante, displasia óssea focal, cementoblastoma e osteoma. Tendo? se diagnosticado osteosclerose idiopática no dente 46 nenhum tratamento foi indicado, além de um controlo periódico, pois há pouca ou nenhuma tendência de progressão ou alteração destas lesões. A realização de biópsia deve ser considerada apenas se ocorrerem sintomas ou expansão da cortical óssea. O diagnóstico diferencial deste tipo de lesões pode representar um desafio para o médico dentista, em particular em pacientes jovens. Erros no diagnóstico podem conduzir à realização de procedimentos invasivos, acarretando riscos desnecessários.


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