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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial

XLI Congresso Anual da Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária (SPEMD) 7, 8 e 9 de outubro de 2021 | 2021 | 62 (S1) | Page(s) 1


Casos Clínicos

#001 Tratamento endodôntico de um dens invaginatus tipo IIIb num incisivo lateral superior


a Centro Hospitalar Universitário São João (CHUSJ), Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa (FMDUL)

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Volume - 62
Supplement - S1
Casos Clínicos
Pages - 1
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Received on 07/10/2021
Accepted on 07/10/2021
Available Online on 07/01/2022


Introdução: Dens invaginatus é uma alteração dismorfogénica de desenvolvimento dentário que se caracteriza pela invaginação de esmalte e dentina resultando na formação de um lúmen intra?dentário. A classificação mais comum baseia-se na avaliação radiográfica da extensão da invaginação e comunicação com os tecidos periodontais. O tipo IIIb apresenta a maior complexidade anatómica, estando mais frequentemente associado a lesões periapicais. Descrição do caso clínico: Paciente recorreu a uma consulta por queixas estéticas relacionadas com o incisivo lateral direito superior. Ao exame clínico verificou-se discromia, restauração em resina composta no cíngulo e faces proximais, bem como um aumento da dimensão mesio-distal em relação ao dente contralateral. Adicionalmente, objetivou-se uma resposta dolorosa à percussão vertical e à palpação, bem como ausência de resposta ao teste de sensibilidade ao frio. O exame radiográfico revelou a existência de uma invaginação bem delimitada, bem como uma extensa radiolucência apical. Foi diagnosticada necrose pulpar e periodontite apical sintomática. Foi realizada uma tomografia axial de feixe cónico (CBCT), confirmada a invaginação do tipo IIIb e identificada a sua orientação. Foi proposto, e aceite, tratamento endodôntico. Na primeira consulta, após anestesia, isolamento e acesso sob ampliação com microscópio ótico, foram identificados dois canais que foram abordados de forma independente. A instrumentação foi realizada com a lima Reciproc R25 (VDW, Germany) e a invaginação alargada coronalmente com recurso a ponta ultrassónica. Na consulta seguinte a paciente apresentava melhoras relativamente aos sintomas. Todo o procedimento foi realizado sob constante irrigação com hipoclorito de sódio 5,25% e, após o protocolo de irrigação final, os canais foram obturados com gutta? percha e cimento (AH plus, Dentsply, Germany). O dente foi definitivamente restaurado com resina composta. Aos 6 meses o caso apresenta melhoras clinicas e radiográficas. Discussão e conclusões: O dens invaginatus representa um desafio para o clínico quando necessitam de tratamento endodôntico, especialmente os que apresentam anatomia complexa como é o caso do tipo IIIb. Cada caso deve ser avaliado de um modo individual, de forma a conseguir atingir os objetivos do tratamento endodôntico, sendo o principal a completa desinfeção dos espaços contaminados que para as referidas anomalias de desenvolvimento envolve o espaço do lúmen invaginado também.


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