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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial

SPEMD - Congresso Online da SPEMD – NEXTGEN 2020 11 e 12 de dezembro de 2020 | 2020 | 61 (S1) | Page(s) 18


Casos Clínicos

#043 Síndrome de Down: um caso acompanhado na consulta de utentes com necessidades especiais





Volume - 61
Supplement - S1
Casos Clínicos
Pages - 18
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Received on 11/12/2020
Accepted on 11/12/2020
Available Online on 21/12/2020


Introdução: A consulta de Utentes com Necessidades Especiais (UNE), da Clínica Universitária de Estomatologia do Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte (CHULN), visa o acompanhamento dos indivíduos com incapacidade física ou mental, a qual condiciona restrições na realização de atividades de vida diária, incluindo os cuidados de higiene oral. Esta incapacidade acarreta assim uma acrescida dificuldade na implementação de medidas preventivas e tratamentos dentários. A Síndrome de Down (SD) acarreta várias alterações craniofaciais, constituindo um desafio nestes doentes, na prevenção, acompanhamento e tratamento de patologia do aparelho estomatognático. O caso apresentado pretende mostrar o acompanhamento de um utente com SD na consulta UNE. Descrição de caso clínico: Homem de 22 anos, seguido desde os 11 anos na consulta UNE. Referenciado em 2009, pelo médico assistente, para seguimento estomatológico. Na primeira consulta, identificou? se cárie incipiente de 2.6 e hipoplasia do esmalte, não sendo possível o tratamento dentário apropriado, por não cooperação do utente. Na segunda avaliação mantinha a cárie 2.6 e detetou?se cárie extensa de 3.6, permitindo o doente apenas a limpeza e restauro desta última. Na terceira avaliação voltou a apresentar cárie extensa de 3.6, cárie insipiente de 2.6 e novas cáries insipientes de 1.6 e 4.6, decidindo? se realizar os tratamentos dentários sob anestesia geral. Realizou assim em 2010, intervenção sob anestesia geral, com exodôncia de 3.6 e restauração em amálgama de 1.6, 2.6 e 4.6. Nas consultas subsequentes de acompanhamento, até à presente data, apenas se mostraram necessários procedimentos de destartarização e aplicação de flúor tópico. Em 2020, identificou? se cárie de 2.1, procedendo? se à restauração com compósito A3 e destartarização. Discussão e conclusão: Este caso demonstra que o acompanhamento periódico deste doente com SD permitiu a deteção e tratamento apropriado de patologia do aparelho estomatognático, bem como, a educação do utente na prevenção efetiva deste tipo de patologia, demonstrado pelos 10 anos sem desenvolvimento de cáries. A cooperação do utente para a realização de tratamentos é essencial, pelo que, a relação médico utente deve ser ativamente trabalhada em cada consulta. O acompanhamento desde 2009, permitiu orientar o utente para a prevenção e tratamento precoce de patologia do aparelho estomatognático, bem como, trabalhar no âmbito educacional preventivo do utente e do seu cuidador.


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