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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial

SPEMD - Congresso Online da SPEMD – NEXTGEN 2020 11 e 12 de dezembro de 2020 | 2020 | 61 (S1) | Page(s) 4-5


Casos Clínicos

#010 Granuloma de Células Gigantes – Caso clínico





Volume - 61
Supplement - S1
Casos Clínicos
Pages - 4-5
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Received on 11/12/2020
Accepted on 11/12/2020
Available Online on 21/12/2020


Introdução: O Granuloma de Células Gigantes (GCG) é uma lesão óssea, benigna, com predileção pelo sexo feminino e, em 60% dos casos, ocorre antes dos 30 anos de idade. Em 70% dos casos localiza? se na mandíbula. Podem dividir?se em lesões agressivas e não agressivas, segundo a taxa de crescimento e destruição local. Descrição do caso clínico: Doente do sexo feminino, 27 anos, sem antecedentes relevantes, observada no serviço de urgência do H.S.José com tumefação da hemiface direita, na região do corpo mandibular, com 1 mês de evolução, dolorosa com alívio parcial com anti?inflamatórios. Objetivamente, apresentava ligeira tumefação facial geniana direita, sem sinais inflamatórios cutâneos e ausência dos dentes 45, 46 e 47. Aumento do volume do rebordo alveolar estendendo? se de 48 a distal de 44. Percussão do terceiro molar dolorosa, mas sem alteração da mobilidade do dente. A mucosa vestibular da área apresentava? se hiperemiada, sem fístulas. A doente usava próteses removíveis dentomucossuportadas, bem? adaptadas, não sendo indutoras de traumatismo. Radiologicamente, no 6.º sextante, observava? se uma lesão radiotransparente, uniloculada, de predomínio lingual, de limites mal definidos e com áreas de erosão da cortical interna. Foi realizada biópsia incisional da lesão e o diagnóstico anatomopatológico foi de ´granuloma central de células gigantes´. Num segundo tempo operatório procedeu? se a excisão da lesão confirmando? se o diagnóstico 4 rev port estomatol med dent cir maxilofac. 2019;61(S1):1-38 histológico inicial. Discussão e conclusões: O GCG é uma lesão benigna, por vezes agressiva com rápida evolução e associada a dor e destruição das corticais ósseas. Pode estar relacionada com traumatismo da área, no entanto, no presente caso não se verificou. A histologia da lesão é característica: células gigantes multinucleadas em estroma mononuclear de células ovoides a fusiformes, com predominante extravasamento de eritrócitos e deposição de hemossiderina. No diagnóstico diferencial temos de ter em conta: quistos ou tumores odontogénicos e não odontogénicos, entre os quais, ameloblastoma e o tumor de células castanhas. Após um ano de follow?up, a doente está assintomática e radiologicamente não apresenta sinais de recidiva, com aparente regeneração óssea.


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