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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial

2.º Congresso da Sociedade Portuguesa de Endodontologia Coimbra, 31 de maio e 1 de junho de 2019 | 2019 | 60 (S1) | Page(s) 78


Casos Clínicos

SPE#10 – Revitalização Pulpar de um Dente Imaturo com Abcesso Apical Agudo: Caso Clínico





Volume - 60
Supplement - S1
Casos Clínicos
Pages - 78
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Received on 18/12/2019
Accepted on 18/12/2019
Available Online on 18/12/2019


Introdução: A revitalização de polpas necróticas é uma opção de tratamento conservador alternativo para dentes permanentes com raízes imaturas. Este novo procedimento explora todo o potencial da polpa para a deposição de dentina e assim, fornece uma particularidade essencial: a conclusão da maturação radicular. Os fatores chave para o sucesso desta terapêutica são a ausência de infeção intracanalar e a presença de um coágulo sanguíneo. Descrição do caso clínico: Paciente com 6 anos de idade compareceu à consulta devido a traumatismo dentário dos dentes 11 e 21. Após observação clínica, verificou-se a existência de necrose pulpar do dente 11, associado a um abcesso apical agudo. Dentro das várias opções terapêuticas, optou-se pela revitalização da polpa necrótica. O tratamento foi efetuado com irrigação intracanalar, de modo a eliminar o tecido necrótico, com Hipoclorito de Sódio 5,25 % e clorohexidina 2%, e aplicou-se uma pasta triantibiótica. Após 2 semanas, comprovou-se a melhoria dos sinais e sintomas clínicos. Na segunda fase do tratamento, irrigou-se o canal com EDTA a 17%, e estimulou-se a formação de um coágulo sanguíneo. Por fim, aplicou-se uma barreira de MTA branco. Discussão e conclusões: Após análise aprofundada dos riscos, complicações e possíveis resultados da revitalização pulpar, decidiu-se que tendo em conta a idade da paciente e o estágio de desenvolvimento radicular do dente, o tratamento de revitalização era o mais indicado. A sintomatologia normalizada deste dente foi reposta. No entanto, apesar desta resposta positiva, permanece incerta a natureza e a aparência histológica do novo tecido, principalmente em dentes imaturos infecionados com periodontite apical. Portanto, a revitalização pulpar não deverá ser referida como um método regenerador, mas sim, como um método reparador de tecidos. Para além disto, acredita-se que a monociclina seja a responsável por uma desvantagem deste procedimento – a descoloração da coroa. A presença de um follow up de 8 anos, com a formação completa do ápice, permite prever um bom prognóstico para este dente, diminuindo o risco de fratura a longo prazo e facilitando qualquer futura intervenção endodôntica. Atualmente, o protocolo de revitalização considera a substituição da monociclina, ou a utilização de uma pasta biantibiótica ou de Hidróxido de Cálcio.


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