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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial

SPEMD - XXXIX Congresso Anual da Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária (SPEMD) - O Congresso do Centenário Porto, 18 e 19 de outubro de 2019 | 2019 | 60 (S1) | Page(s) 68


Investigação Original

#169 Cavidade oral de crianças em tratamento oncológico – prevalência de lesões





Volume - 60
Supplement - S1
Investigação Original
Pages - 68
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Received on 18/12/2019
Accepted on 18/12/2019
Available Online on 18/12/2019


Objetivos: Pretendeu?se avaliar o estado de saúde oral de crianças a realizar tratamento oncológico, usando como referencia a população em tratamento no serviço de Hemato?Oncologia do Centro Hospitalar de São João, através do estudo de lesões orais, induzidas pelos tratamentos de quimioterapia e/ou radioterapia. Materiais e métodos: A amostra foi constituída por 31 crianças, com história de doença oncológica, que realizam ou realizaram tratamentos de quimioterapia e/ou radioterapia nos últimos dois anos, acompanhadas pelo Serviço de Hemato?Oncologia do Centro Hospitalar de São João. Foi realizada uma avaliação clínica com dois momentos distintos: o preenchimento de uma ficha clínica (referindo antecedentes pessoais, familiares e dentários) e exame extra e intraoral, avaliando as características da cavidade oral e das lesões orais encontradas. Resultados: A média de idades da amostra foi de 9 anos. Após análise verificou?se que 48,15% dos pacientes apresentava lesões na cavidade oral, sendo que a distribuição por género não foi estatisticamente relevante (p=0,7224). Das lesões encontradas a prevalência mais significativa está associada à Candídiase Oral, presente em 36,84% das crianças com lesões (n=19), seguida da Mucosite e das Úlceras Orais, presentes em 21,05% dessas crianças. Verificou? se também a prevalência de outras lesões como a Queilite Angular ou o Leucoedema embora em percentagens consideravelmente menores (5,26%). Quando analisada a distribuição das lesões pelo tipo de terapêutica, todos os pacientes com lesões tinham efetuado ou estavam a efetuar Quimioterapia enquanto que apenas 61.54 % das crianças com lesões tinha realizado ou estava a realizar ciclos de Radioterapia. Quando analisada a associação entre o número de escovagens dentárias e o risco de desenvolver lesões na cavidade oral o Risco Relativo foi > 1 (1,388), verificando?se que Conclusões: Cerca de metade das crianças, observadas apresentavam algum tipo de lesão oral consequente do tratamento de radioterapia ou quimioterapia. Nesse sentido, torna?se absolutamente essencial a sensibilização dos pais e cuidadores para os tipos de lesões que podem surgir neste período, de forma a procurarem ajuda na equipa multidisciplinar que acompanha a criança e na qual deve estar inserido o médico dentista, bem como a inclusão no plano de tratamento de uma consulta protocolar e standardizada de medicina dentária para todos as crianças em tratamento oncológico.


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