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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial

SPEMD - XXXIX Congresso Anual da Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária (SPEMD) - O Congresso do Centenário Porto, 18 e 19 de outubro de 2019 | 2019 | 60 (S1) | Page(s) 60


Investigação Original

#149 Desenvolvimento e estudo clínico de um distrator da articulação temporomandibular





Volume - 60
Supplement - S1
Investigação Original
Pages - 60
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Received on 18/12/2019
Accepted on 18/12/2019
Available Online on 18/12/2019


Objetivos: O objetivo deste trabalho consistiu no estudo, projeto, desenvolvimento e avaliação clínica de um dispositivo funcional com capacidade de efetuar e auxiliar os pacientes na manobra de distração condilar. Materiais e métodos: Após o projeto, conceção, desenvolvimento e estudo numérico e experimental de um protótipo funcional do dispositivo (Patente de Invenção Nacional n.º 110605) seguiu?se o Ensaio Clínico Randomizado com 40 pacientes com diagnóstico unilateral pelos critérios RDC/TMD de DD com ou sem redução, com ou sem limitação de abertura (Grupo IIa, IIb ou IIc) e artralgia (Grupo IIIa). Foram randomizados por um grupo de controlo (G1) submetido à terapêutica convencional (aconselhamento, medicação, goteira de reposicionamento anterior e fisioterapia com distração manual pelo fisioterapeuta) e por um grupo de teste (G2) submetido à terapêutica convencional (conforme o G1) e distração condilar pelo paciente em ambulatório com o distrator condilar. Os pacientes foram avaliados durante 90 dias, relativamente a um conjunto de variáveis físicas e psicossociais de dor e função mandibular. Resultados: O uso do distrator permitiu uma melhoria significativa na EVA I (dor em repouso) no G2 (?5.0± 2.29cm) face ao G1(?4.12± 2.50cm), e diferente para o G1 aos 90d (p=0.005). A variação da EVA I indicou uma melhoria notória e imediata com a instituição da terapêutica com o distrator, bem como, no intervalo 28?90 dias (o tempo mais longo de avaliação). O mesmo comportamento em função do tempo ocorreu para a dor em função (EVA II); o distrator permitiu que metade dos pacientes do G2 mudassem positivamente de diagnóstico (face a apenas 1/3 no G1); para as 3 aberturas as diferenças ao longo do estudo e os valores absolutos atingidos pelo G2 são sempre maiores do que no G1; o distrator permitiu melhorias estatisticamente significativas na perceção subjetiva da eficácia mastigatória e terapêutica; permitiu uma diminuição estatisticamente significativa do número de consultas de Medicina Dentária e Fisioterapia (p<0.001) e um menor custo (corrigido ao dia) do tratamento (p=0.024). Conclusões: O distrator revelou? se extremamente seguro, sem efeitos adversos graves. A introdução do dispositivo de distração articular no protocolo de tratamento de pacientes com diagnóstico de distúrbios articulares da ATM (sub?grupo dos deslocamentos do disco) tornou essa abordagem uma alternativa e complemento válido a considerar na prática clínica diária de tratamento destes pacientes.


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