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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial

SPEMD - XXXIX Congresso Anual da Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária (SPEMD) - O Congresso do Centenário Porto, 18 e 19 de outubro de 2019 | 2019 | 60 (S1) | Page(s) 10


Casos Clínicos

#023 Osteoma periférico solitário da mandíbula – Caso Clínico





Volume - 60
Supplement - S1
Casos Clínicos
Pages - 10
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Received on 19/12/2019
Accepted on 19/12/2019
Available Online on 19/12/2019


Introdução: Os osteomas são tumores benignos, relativamente raros, que se desenvolvem a partir de osso maduro cortical ou trabeculado. Habitualmente desenvolvem-se na região maxilo-facial, estando cerca de 70% dos casos limitados à mandibula e seios perinasais, e podem ser classificados como centrais ou periféricos. A etiologia é desconhecida, mas acredita-se que traumatismos, infeção e alterações congénitas ou de desenvolvimento possam contribuir para o aparecimento destas lesões. Clinicamente apresentam-se como massas duras, habitualmente assintomáticas, de crescimento lento e de consistência óssea. Quando estão presentes nos seios maxilares, podem ser acompanhados de cefaleia e sinusites de repetição. Afetam igualmente ambos os sexos e a sua prevalência é mais comum na 5.ª década de vida. O diagnóstico é histológico, apoiado na clínica e na imagiologia e o tratamento é cirúrgico. Descrição do caso clínico: Mulher de 62 anos de idade, encaminhada para a consulta de Estomatologia por massa dura, lisa, imóvel e não dolorosa na espessura na mucosa jugal esquerda, com 5 anos de evolução. O aparecimento e desenvolvimento desta tumefação ocorreu após a exodontia cirúrgica de dente 38 incluso. Ao exame objetivo palpava-se uma massa com dimensões aproximadas de 20x13x5 mm, dolorosa à tentativa de mobilização e aparentemente pediculada na porção posterior e vestibular do corpo da mandíbula. Para melhor avaliação da tumefação, foi realizada uma Ortopantomografia e uma Tomografia Computadorizada de Feixe Cónico.< br/>Após estudo do caso, e sendo o diagnóstico de osteoma o mais provável, optou-se pela abordagem cirúrgica com excisão da lesão e envio para estudo anátomo-patológico, que confirmou o diagnóstico. A cirurgia decorreu sem intercorrências. Após 1 mês observou-se cicatrização completa da ferida cirúrgica. A doente não relatou qualquer complicação pós?operatória. Discussão e conclusões: O osteoma é de uma massa benigna, de evolução lenta, assintomática e cujo tratamento consiste na excisão cirúrgica. Ao longo da sua evolução pode causar deformação na face ou até alterações funcionais da oclusão. No caso descrito, a motivação para o recurso à consulta foi a vontade de fazer reabilitação oral com prótese removível. Apesar de uma evolução linear e de um tratamento simples na maioria dos casos, é importante considerar a hipótese de diagnóstico de Síndrome de Gardner. No caso apresentado, esta hipótese diagnóstica foi excluída pela presença de um osteoma isolado.


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