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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial

XXXVIII Congresso Anual da Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária (SPEMD) Lisboa, 12 e 13 de outubro de 2018 | 2018 | 59 (S1) | Page(s) 30


Casos Clínicos

#073 Terapia combinada na SAOS – a propósito de um caso





Volume - 59
Supplement - S1
Casos Clínicos
Pages - 30
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Received on 30/11/2018
Accepted on 30/11/2018
Available Online on 30/11/2018


Introdução: Estima-se que cerca 50-60% dos casos de Síndrome de Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS) possam estar relacionados com a posição adotada durante o sono. O tratamento com dispositivo orais (DO) é uma terapêutica eficaz na roncopatia, em casos selecionados, sobretudo na SAOS ligeira ou moderada. O tratamento posicional (TP) é uma modalidade terapêutica promissora que tem como objetivo principal, evitar a posição de decúbito dorsal. A técnica mais difundida para evitar a posição de supina é a utilização de bola de ténis no dorso ou outros, com baixa adesão e efeitos adversos. Em estudos recentes, verificou-se que 34% dos pacientes em tratamento com Dispositivos Orais tem SAOS posicional. Neste caso clínico, os autores pretendem evidenciar o benefício da terapia combinada. Descrição do caso clínico: Homem, 48 anos, com SAOS proposto para terapia combinada (PT DO). O estudo polissonográfico inicial mostrou a presença de SAOS ligeiro (Índice de Distúrbio Respiratório - 10/hora) verificando-se agravamento do índice na posição de decúbito dorsal (Índice de Distúrbio Respiratório - 45/hora). Foi avaliado na consulta de Medicina Dentária e após da cavidade oral, orofaringe, perfil crâneo-facial e avaliação de exames complementares de diagnóstico foi proposto para tratamento com DO. O dispositivo selecionado foi o NARVAL® da Resmed, dispositivo feito por medida e titulável. Devido a apneia posicional o doente foi adaptado a tratamento posicional com Nighshift®. Verificou-se boa adesão a este tratamento com 100% de utilização em decúbito ventral ou lateral e média de utilização diária de 8,6horas/noite. Após polissonografia com DO e DO PT verifica-se os benefício desta opção combinada. Discussão e conclusões: A abordagem da SAOS está a mudar e a multidisciplinaridade é uma peça fundamental na decisão da melhor estratégia para cada doente. Para além do dispositivo de avanço mandibular, comprovadamente eficaz no tratamento da SAOS, a associação a terapia posicional pode ser vantajosa na abordagem de doentes com SAOS posicional. Esta estratégia permite diminuir possíveis efeitos adversos dos DO e melhorar a clínica dos doentes com SAOS. A terapêutica combinada DO e TP oferece vantagens no tratamento da SAOS posicional, em doentes selecionados, comparada com a monoterapia realizada apenas com dispositivos orais. São, no entanto, necessários mais estudos que identifiquem os doentes melhores candidatos para esta estratégia.


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