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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial

XXXVIII Congresso Anual da Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária (SPEMD) Lisboa, 12 e 13 de outubro de 2018 | 2018 | 59 (S1) | Page(s) 5-6


Casos Clínicos

#012 Queratoquisto Odontogénico e Reabilitação Implantar Pós-cirúrgica – Caso Clínico


a School of Dentistry, School of Health Sciences (FCS), Universidade Fernando Pessoa (UFP), Porto, Portugal

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Volume - 59
Supplement - S1
Casos Clínicos
Pages - 5-6
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Received on 30/11/2018
Accepted on 30/11/2018
Available Online on 30/11/2018


Introdução: O queratoquisto odontogénico (QO) é uma neoplasia benigna, desenvolvida predominantemente na mandibula. Apesar de possuir evolução lenta e indolor, requer abordagem cirúrgica, devido à natureza destrutiva e recidivante. Radiograficamente caracteriza-se por imagem radiolúcida unilocular ou multilocular, delimitada, podendo envolver dentes inclusos ou erupcionados, provocar expansão óssea, movimentação, reabsorção radicular e/ou extrusão dentárias. A reabilitação oral da região do QO deve respeitar um período de regeneração óssea, ser classicamente autóloga. constituindo a utilização de implantes dentários ainda uma controvérsia. Este trabalho objetiva apresentar um caso clínico de um QO mandibular, com excisão cirúrgica, acompanhamento clínico e reabilitação fixa implantar subsequente, alertando a comunidade de profissionais de saúde oral da utilidade da avaliação da expressão génica celular óssea no timing da reabilitação oral. Descrição do caso clínico: Paciente do sexo feminino, caucasiana, 31 anos, procurou o médico dentista para extração dos terceiros molares. A radiografia panorâmica evidenciou imagem radiolúcida no ramo mandibular esquerdo. Clinicamente não se observou sinal ou sintoma coincidente com o achado imagiológico. O diagnóstico clínico foi de QO associado ao dente 3.8. Procedeu-se à excisão cirúrgica do QO e exodontia do 3.8, seguida da análise histopatológica da lesão, que confirmou o diagnóstico. Durante o procedimento cirúrgico, verificou-se que a lesão envolvia a raiz do 3.7, conduzindo à sua perda. Após 6 anos de controlo clínico e radiográfico, sem qualquer recidiva, foi realizada uma reabilitação oral fixa no local do 3.7 com a colocação de um implante dentário e respetiva coroa fixa, permanecendo até à data estável (10 anos). Discussão e conclusões: O QO é geralmente identificado, por rotina, como um achado radiográfico. Embora benigno, requer intervenção cirúrgica, idealmente através da enucleação do cisto, seguida de curetagem. O acompanhamento do paciente com diagnóstico precoce de QO deve ser anual, até à idade de 18 anos, para poderem ser reabilitados com implantes dentários e eventual recurso a aloenxertos. Nesta fase, a avaliação da expressão génica das células ósseas pode constituir uma mais-valia para o clínico, na decisão do tipo e inicio da reabilitação oral e efetuar.


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