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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial

XXXVIII Congresso Anual da Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária (SPEMD) Lisboa, 12 e 13 de outubro de 2018 | 2018 | 59 (S1) | Page(s) 4


Casos Clínicos

#007 Hipomineralização Incisivo-Molar





Volume - 59
Supplement - S1
Casos Clínicos
Pages - 4
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Received on 30/11/2018
Accepted on 30/11/2018
Available Online on 30/11/2018


Introdução: Define-se como defeito de mineralização dos primeiros molares permanentes, com frequente afeção dos incisivos, podendo apresentar-se como defeito qualitativo e/ou quantitativo. A dentição permanente desenvolve-se entre os 6 meses e os 15 anos de idade, correlacionando- se a localização do defeito com a fase de atividade ameloblástica, permitindo uma datação do factor precipitante da doença. A etiologia é desconhecida, mas associa-se a factores locais (trauma, infecção odontogénica) e/ou sistémicos (doenças hereditárias, antibioterapia ou infeções como varicela e sarampo). Com este caso clínico pretendemos ilustrar um defeito no esmalte, cuja apresentação clínica é fortemente sugestiva desta patologia, provavelmente associado a uma pleurisia toma de antibioterapia no primeiro ano de vida. Descrição do caso clínico: Mulher de 54 anos com antecedentes de infecções múltiplas na infância (pleurisia, sarampo, varicela, parotidite) e hipocalcémia com suplementação de cálcio entre os 6 e 7 anos. Doente observada em consulta no contexto de odontalgia, gengivorragia e lesões dentárias. Ao exame objectivo: gengivite generalizada, lesões dentárias adquiridas de abfração e defeitos lineares e pontilhados do esmalte em quase todos os dentes. A doente foi submetida a destartarização, ensino e motivação de higiene oral e restaurações das lesões dentárias a resina composta. Discussão e conclusões: A formação do esmalte é um mecanismo ainda por compreender, estando por esclarecer se o que interrompe o seu normal desenvolvimento é uma predisposição genética associada à ingestão de certos fármacos em determinadas concentrações ou o estado de doença per si. Apesar de impossível provar uma relação causa- efeito direta entre estes eventos e a hipoplasia do esmalte apresentada, o interesse deste caso clínico prende-se com a possibilidade de datação do evento causal (até 1,9 anos de idade) através das características das lesões. A doente confirma antecedentes de infecção com toma de antibioterapia durante o primeiro ano de vida; Por terem ocorrido em fases cruciais do desenvolvimento e maturação do esmalte estes dois factores, descritos na literatura como possível etiologia desta patologia, podem estar envolvidos neste caso. A afecção de caninos e pré-molares permanentes não excluem o diagnóstico de hipomineralização incisivo-molar. Embora outras soluções reabilitadoras pudessem estar indicadas, as restaurações a resina composta demonstraram bons resultados estéticos e funcionais.


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