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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial

XXXVIII Congresso Anual da Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária (SPEMD) Lisboa, 12 e 13 de outubro de 2018 | 2018 | 59 (S1) | Page(s) 3


Casos Clínicos

#005 Quisto Dentígero Intra-Sinusal Assintomático





Volume - 59
Supplement - S1
Casos Clínicos
Pages - 3
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Received on 30/11/2018
Accepted on 30/11/2018
Available Online on 30/11/2018


Introdução: Os quistos ou tumores odontogénicos da maxila podem estender-se ao seio maxilar, promovendo, ou não, sinusopatias. Destes entidades, destacam-se o quisto radicular, o quisto dentígero e o queratoquisto. O quisto dentígero está associado à coroa de um dente incluso, em desenvolvimento ou a um odontoma. Os dentes mais frequentemente envolvidos são os terceiros molares inferiores e os caninos superiores, mas qualquer dente não erupcionado tem risco aumentado para formação destes quistos. Radiograficamente, apresentam-se como lesões radiotransparentes uniloculares. Os quistos dentígeros podem evoluir para patologia maligna, estando descritos casos de associação com carcinoma pavimento-celular e mucoepidermóide. Estudos apontam que 17% dos ameloblastomas estão associados a quistos dentígeros. O nosso caso clínico descreve um quisto dentígero de grandes dimensões associado a um canino superior incluso, com invasão do seio maxilar, num doente assintomático. Descricção do caso clínico: Doente de 52 anos de idade, enviado pela consulta de Insuficiência Respiratória para despiste de focos sépticos e reabilitação oral, previamente a cirurgia de transplante pulmonar. Como antecedentes pessoais, o doente apresentava Doença pulmonar obstrutiva crónica, Hipertensão arterial, Hepatite C e hábitos toxifílicos. Doente edêntulo total em ambas as arcadas, assintomático, realizou ortopantomografia que mostrou dentes inclusos 1.1 e 1.3 com imagem hipertransparente associada ao canino. Estudo tomográfico revelou imagem sugestiva de quisto dentígero à direita com progressão ascendente sem sinusopatia associada. O doente foi submetido, sob anestesia local, a extração de 1.3 incluso e quistectomia, curetagem e lavagem do seio maxilar e encerramento da loca. Actualmente, doente encontra-se assintomático, sem comunicação oro-antral. Discussão e conclusões: O tratamento dos quistos dentígeros associados ao seio maxilar passa pela enucleação da lesão e prevenção de patologia sinusal consequente. A intervenção pode ser feita através do rebordo alveolar ou por acesso de Luc-Caldwell, com ou sem antrostomia endoscópica. Em quistos de grandes dimensões, a primeira abordagem pode exigir marsupialização prévia. Este caso foi abordado através do rebordo alveolar edêntulo com sucesso terapêutico, não apresentado o doente, à data, recidiva, sinusopatia ou outras complicações. Os quistos dentígeros devem ser diagnosticados precocemente para evitar complicações locais e, mais raramente, transformação maligna.


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